1. |
Confie Em Mim
03:22
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(Renato Martins / Fernando Oliveira)
Confie em mim
É imperativo que você permita que hoje ainda não seja o nosso derradeiro fim
Confie em mim
Trago notícias, esperanças de delícias por tudo que está por vir
Mas isso só faz sentido se você puder me ouvir
Confie em mim
Mais um capítulo, o nosso livro é um romance tão bonito
Escrito num diário em folhetim
Confie em mim
Não se apaga uma palavra que já foi usada
E por isso mesmo é recheada de amor e negro nanquim
Sendo assim
Minhas últimas palavras
Será sua minha memória, minha amada
Estejamos juntos ou não, na mesma direção da estrada
Por favor, confie em mim
Sendo assim
Minhas últimas palavras
Será sua minha memória, minha amada
Impresso, infinito, em cada verso lido, em cada página
Por favor, confie em mim
Sendo assim
Minhas últimas palavras
Será sua minha memória, minha amada
Você irá me ter, mesmo sem querer, no vazio das estantes da sua casa
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2. |
Mambo Trip
04:09
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(Renato Martins)
Eu nunca estou pronto
Eu nunca sei como começar
Eu não consigo compreender
Onde é que as coisas vão chegar
Eu simplesmente sigo
E levo tudo até o fim
Doa a quem doer
Mesmo que a mim
Eu sempre acredito
Insisto, a vida é um bem
Sempre positivo e não admito
Nem ficar aquém
Sem medo,
É verdade
No desenlace do que eu digo
Posso até estar errado
Mas, se estiver, fique comigo
Não vá me censurar
Que a minha odisseia
Não é por terra ou mar
Rumo norte a uma ideia
Vem pra me amar
Seja minha plateia
O show não vai parar
Será uma tragédia
Eu jamais quis me mexer
Me mover, ir além mar
Sair por aí contando história
Pelo meu cantar
Mas um dia, eis que o chamado
Primeiro ato, obra prima
Resgatou meu amor próprio
Naufragou minha auto-estima
Eu nunca mais pude esquecer
Eu nunca mais pude voltar
E essa luz que me conduz
Ribalta acesa a me guiar
Embora outrora não tivesse
Outra chama ou desafio
Agora vivo nesse drama
Feito cão no cio
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3. |
Rock Baile
04:04
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(Renato Martins / Marcello Magdaleno)
Nesse baile de pessoas estranhas
Você não sabe que tremenda façanha
Sua luz própria chamar atenção
Assombrando a festa ao cruzar o salão
E as moças apertadas nos vestidos
Sorriem com champagne na mão
E os rapazes em seus ternos puídos
Sapatos rotos a riscar o chão
Você surgiu no baile causando sensação
E os nossos passos se encontravam
Na mesma direção
A vida é cheia de surpresas, baby
Me dê o prazer dessa contra-dança
Até que a orquestra nos separe
O nosso amor é quem balança
E segue o baile de pessoas estranhas
Seremos os únicos normais no salão
Como um casal num filme antigo
Minha Ginger Rogers
Que aparição!
Só faltava eu saber o seu nome
Bebi um whiskey, me enchi de coragem
Me destraio e você some
E eu que estava avec
Fiquei alone
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4. |
Clichê
04:51
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(Renato Martins)
Me apaixonei por ela
Tão rápido quanto a flecha do cupido
Depois disso tudo mais perdeu sentido
A primeira vez que a vi
Cravei-lhe os olhos com tanta libido
Que sua beleza feriu minhas pupilas de vidro
Cego de amor, minha dor não teve remédio
Com raiva gritei num transe estéril, histérico
Pus tudo a perder, meu Deus, que clichê
E agora não tem mais história
Nada pode conter a solidão da minha oração
Quem, como eu, não tem nada a dizer
Vai viver sem conclusão
Me apaixonei por ela
E logo todo lugar comum era um vício
Suas virtudes de pedra formavam meu próprio precipício
Da última vez que a vi
Chorei mais que o mais ingênuo dos meninos
Lamentando a sorte e os desígnios divinos
O sal nos meus olhos queimou meu juízo
E ela, tão doce, foi meu último suspiro
Não pôde evitar minha perdição em outro chavão
E agora não tem mais história
Nada pode conter a solidão da minha impressão
Quem, como eu, não tem nada além de um clichê
Vai viver sem solução
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5. |
Bebei Homens, Bebei
03:40
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(Renato Martins)
Bebei homens, bebei
Que a tormenta assusta, eu sei
Bebei homens, bebei
Que a vida é curta e chegou a nossa vez
Bebei homens, bebei
Mais adiante eu ainda hei
Bebei homens, bebei
Pois que no inferno eu vos encontrarei
Na noite escura, no mar revolto
Todo homem se arrepende
São as curvas de uma mulher, contudo
Que testam mesmo a gente
Se o mar será meu túmulo,
Se o futuro a Deus pertence,
Nos lençóis de minha amada foi
Que eu me perdi pra sempre
Depois da tempestade
Quem viver, agradecei
Navegar os sete mares
Ou morrer tentando, é a lei
Se eu puder voltar pra casa, juro
De lá jamais sairei
No colo de minha amada
Curar os males que eu passei
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6. |
Ensimesmado
04:47
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(Renato Martins / Fernando Oliveira)
Eu não sou assim tão diferente de ninguém
Porém você não sabe como é duro ser eu mesmo
Tão melhor seria estar na pele de outrém
Algo que as vozes em minha mente dizem "amém"
Não poderia eu, entregue a mim mesmo,
Pensar: lá fora tem um outro a existir
De tão ensimesmado, passa o tempo e eu não passo
Até que se revele o relevante que há em mim
Eu não sou assim tão apegado a alguém
Também tu és pessoa com quem falo e nada além
Quem sabe um dia apareça um indivíduo
E nós todos juntos pensaremos no melhor para o meu bem
Não poderia eu, entregue a mim mesmo,
Pensar: lá fora tem um outro a existir
De tão ensimesmado passa o tempo e eu não passo
Até que esse sujeito, de algum jeito, caia em si
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7. |
Triste
03:25
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(Renato Martins)
Triste
Eu nunca fui
Mas também não sou
Homem de rir
Triste
Era você
Que sempre reclamou
Da vida
Sem ter nenhum porquê
Mas na vida nada
Acontece por acaso
Ainda que você estivesse à toa
Eu não estaria errado
Ainda que você fosse
Uma boa
Eu seria um bocado...
Triste
Triste canção
E mais ainda triste
É aquele que sucumbiu
À paixão
Triste
Triste prazer
É esse meu desdizer
No que não se pode crer
Mas graças a Deus
Uma coisa me conforta
É que eu não sou o único
Que se importa
Muita gente boa lhe quer morta
Pra deixar de ser tão triste assim
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8. |
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(Renato Martins / Fernando Oliveira)
Nem sempre a gente se entende
Nem sempre a gente se dá
Mas quando o fogo acende
É muito quente não dá pra apagar
Pode vir delegado,
Padre ou Deputado,
Polícia e Bombeiro
O batalhão inteiro
Não vai adiantar
Pode acreditar que não apaga não
Às vezes você me enlouquece
Às vezes sou eu a fazer
Nem sei se você me merece
Ou sou eu mesmo que mereço sofrer
A gente casa e separa
Se machuca mas sara
Feito fogo de palha
Que incendeia e mata
Não dá pra entender
Explicar nem conter a fúria desse vulcão
Porque quando encosto em você
Sinto você tremer e penso que é por mim
E assim o fogo arde em você
E também lambe a mim, oh sim!
Não vou mais negar esse fogo
Que se dane que me pegue de novo
Pois você é a chama que me aquece
Quem me faz brilhar
Eu sei que parece loucura
Mas sei que prefiro assim
Mais fácil curar queimadura
Que conviver com a frieza do fim
A gente ata e desata
Ao som dessa serenata
Quando tudo passa
Até acho graça
Pois se consegue ver
Que é pra valer, não é fumaça não
Um dia a gente se acerta
Ou morre de tanto tentar
Quem sabe o que nos espera
Mas acho mesmo, vale a pena arriscar
Essa atração fatal
Vai me levar pro hospital
Uma lua de mel
Ou o meu funeral
Mas quem sabe um dia
Nossa melodia seja mais normal
Mas quem sabe um dia
Haja harmonia bem lá no final
Mas quem sabe um dia
Juntos para sempre, etcetera e tal
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9. |
Pulo do Gato
02:45
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(Renato Martins / Fernando Oliveira)
Essa é a história do pulo que o gato deu
Se caiu ou não de pé é uma questão de fé
No felino seu
Pois quando o gato sobe no telhado
De fato tudo pode acontecer
Porque o pulo do gato salta aos olhos
E só você não vê
Essa é a história do pulo que o gato deu
Quem o visse espreguiçado no capacho pensaria: "Dejavu, meu Deus!"
Malgrado os caprichos desses olhos gateados
Com o perdão do trocadilho que o estribilho vai dizer...
O pulo do gato salta aos olhos
E só você não vê
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10. |
Por Um Triz
03:34
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(Renato Martins)
Foi por um triz, faltou muito pouco
Pra eu ser feliz e nunca mais ter que tentar de novo
Será que foi Deus quem não quis? Ou será...
Que o diabo está lá fora esperando pra me tentar?
Foi por um triz e na falta de um porquê
Fico pensando no que fiz ou deixei de fazer
Será que eu perdi para sempre? Ou será...
Que foi só alarme falso e a minha chance ainda está por chegar?
E quando ela chegar espero estar em casa
De banho tomado, todo perfumado
Pois nem todo dia sua estrelha brilha
Seja bem vinda!
Quando ela chegar espero estar preparado
E não estar cansado de tanto esperar
Pois nem todo dia sua sorte se anuncia
Seja bem vinda!
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11. |
Full Hand
04:17
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(Renato Martins / Daniel Vasques)
Começa o jogo e é você quem dá as cartas
Mesmo marcadas, decidi pagar pra ver
Levou meu ouro, cortou-me com espadas
Com meu coração em brasa, piscou pro crupiê
Cada rodada, uma nova tentativa
Todas minhas fichas coloridas num buquê
Mas nossa dupla, de repente virou trinca
Minha mão, minha partida, minha razão perdida
Tudo por você
Full Hand, Full Hand
Nessa vida a gente joga com o que tem
Full Hand, Full Hand
Amor e sorte, não se pode viver sem
Cartas na mesa, você cobre e não vacila
Tão decidida e ao mesmo tempo tão blasè
E é assim que seu blefe me fascina
Meu flerte falha e finda, sem cacife nem porquê
E finalmente se revela a tal rainha
De suas linhas surge um verdadeiro ás
E eu fui tão tolo, pensei que fosse minha
Com meu par de dez... sem mais
Vi você e seu rei mordaz, me deixarem para trás
Full Hand, Full Hand
Essa disputa e eu nunca soube contra quem
Full Hand, Full Hand
Minh'alma agora, não vale um só vintém
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12. |
Breve Adeus
03:33
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(Renato Martins / Fernando Oliveira / Eduardo Vilamaior)
Infelizmente, senhorita
É chegada a nossa hora
Tudo passa nessa vida
E mais um passo há que ser dado agora
Mas não pense que é tão simples
Nem é pra sempre que eu vou embora
Não me descarte, amor, ainda
Venha ser a minha senhora
Sou um sujeito sem jeito,
Mas tenho o direito
Minha felicidade achar
Quero pra mim tudo,
Tudinho que é seu
Por isso eu digo
Que é só um breve adeus
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13. |
Gran Finale
02:53
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||
(Renato Martins / Simone do Vale)
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